️ 1 : Estrutura e Evidência — Refinando a Interpretação de Variantes Missense de BRCA1

️ 1 : Estrutura e Evidência — Refinando a Interpretação de Variantes Missense de BRCA1
Base por Base
️ 1 : Estrutura e Evidência — Refinando a Interpretação de Variantes Missense de BRCA1

Jul 02 2025 | 00:10:06

/
Episode 1 July 02, 2025 00:10:06

Hosted By

Gustavo Barra Gabriela Barra

Show Notes

Episódio 1 : Estrutura e Evidência — Refinando a Interpretação de Variantes Missense de BRCA1

Neste episódio do Base por Base, examinamos o trabalho de Ramadane-Morchadi et al. (2025), publicado no American Journal of Human Genetics, que demonstra como a incorporação de scores informados pela estrutura proteica — incluindo acessibilidade ao solvente (RSA), predições de estabilidade (DDG) e predições de patogenicidade do AlphaMissense — pode adicionar granularidade à força de evidência nos critérios computacionais PP3/BP4 do ACMG/AMP para variantes missense de BRCA1 .

Principais destaques do estudo
Entre os principais achados, o AlphaMissense superou abordagens anteriores ao fornecer evidência de patogenicidade com log2 LR superiores a +2,8 e reduzir para apenas 5 % a proporção de variantes em intervalo não informativo. A análise de DDG com modelos AlphaFold2 definiu thresholds de +1,5 kcal/mol para evidência de benignidade e +2,5 kcal/mol para evidência de patogenicidade, apresentando performance comparável às estruturas experimentais. A aplicação dos parâmetros recomendados para BayesDel manteve 14 % das variantes sem evidência aplicável, destacando a vantagem dos scores estruturais na redução de lacunas informacionais. A estratificação por RSA evidenciou que a evidência de benignidade (BP4) é confiável apenas para resíduos enterrados ou parcialmente enterrados (RSA ≤ 60 %), ressaltando a importância desse critério. Por fim, a validação com dados do estudo BRIDGES confirmou que variantes acima dos thresholds de AlphaMissense e DDG associam-se a um risco de câncer de mama clinicamente relevante .

Conclusão
Este estudo demonstra que, ao incorporar informações estruturais em scores computacionais, é possível refinar a aplicação dos códigos PP3/BP4 no framework ACMG/AMP para variantes missense de BRCA1, aumentando a confiabilidade e a utilidade clínica na classificação dessas variantes .

Referência
Ramadane-Morchadi, L., Rotenberg, N., Esteban-Sánchez, A., Fortuno, C., Gómez-Sanz, A., Varga, M.J., Chamberlin, A., Richardson, M.E., Michailidou, K., Pérez-Segura, P., Spurdle, A.B., & de la Hoya, M. (2025). ACMG/AMP interpretation of BRCA1 missense variants: Structure-informed scores add evidence strength granularity to the PP3/BP4 computational evidence. American Journal of Human Genetics, 112, 993–1002. https://doi.org/10.1016/j.ajhg.2024.12.011

Licença
Este episódio é baseado em um artigo de acesso aberto publicado sob a licença Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) – http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Other Episodes